A Árvore
Num belo dia há muitos anos atrás germinou a semente de uma árvore num cantinho de terra e de pequenina muda ela cresceu e se transformou numa frondosa mangueira.
Imponente, fértil ela frutifica quase o ano todo alimentando pássaros, morcegos e pessoas, muitas pessoas que comem seus frutos que são colocados à disposição sem que tenham que pagar nada por eles; forte ela é a morada de orquídeas, musgos, samambaias e animais; generosa ela nos dá sua sombra imensa para aliviar dos raios do astro rei cada vez fortes, e o ar, o precioso ar que respiramos. Ela não precisa de dinheiro, não anda de carro, não tem religião, não precisa de abrigo e não pede nada, ela apenas fica lá, cumprindo sua função como uma criatura divina.
Mas como todo ser vivo, ela também se desenvolve, suas folhas caem, se espalham numa beleza inversa e provocam a ira dos homens que insanamente brigam e colocam nela a culpa por seus desleixos, exigindo que a mesma pague com a própria vida pelos erros de quem a condena.
Para que os homens parem de brigar, a árvore será cortada em poucas horas em centenas de partes que levaram décadas para crescer. Mas como uma criatura de Deus ela estará preparada para aceitar o destino e contribuir com a derradeira boa ação para que os homens voltem a viver em harmonia.
Quando chegamos ao mundo e começamos a aprender sobre tudo, é passado para nós que o homem é o animal mais desenvolvido e inteligente de todo o reino que Deus criou.
Será que isso é verdade mesmo?
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